quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não vou sem meu balãozinho

Compositor de Boleros orgulhosamente apresenta mais uma empreitada oportunista! Não vou sem meu balãozinho (uma novela do Compositor de Boleros)






Bastos, carinhosamente apelidado pelos pais de Bastardo, era uma criança de 36 anos comum, como todos da sua idade. Gostava de brincar no jardim, maltratar gatinhos amarrando bombinhas em seus rabos, fazia armadilhas para pegar pombinhas, quebrava uma das asas para rir e caçoar da pobrezinha apontando o dedo e chamando a atenção de todos para caçoarem também. Certa vez, para presentear sua avó que tanto amava, passou a semana juntando baratas em uma caixa de sapatos, ao alcançar a quantidade desejada, fez um lindo embrulho e presentou sua vó, em seu aniversário de 94 anos, com o pacote. Ao abrir, o horror diante da quantidade exorbitante de baratas saindo da caixa, andando pelos seus braços e entrando pela sua roupa foi tão grande que sofreu uma parada cardíaca e morreu. Bastos, rolando no chão de tanto rir, foi advertido pela mãe “Bastardo, seu animal imundo, você matou a sua avó, e agora tem barata por todos os lados da casa, que merda você tem na cabeça, imbecil, vai ficar de castigo uma semana sem assistir o superpop!”. Bastos inconformado “mas mãe, nem foi nada de mais, a véia morreu não foi por causa das baratas, pode ver o rótula dela, tava vencida já, não me deixa sem superpop não, mãe, por favor!”. A mãe em fúria deu de ombros e reforçou “Se reclamar mais não vai poder assistir o domingo legal com Celso Portiolli também”, Bastos bastante revoltado resmungou e foi pra rua “Essa véia do carái aí, tava vencida já essa véia, minha mãe também vai ver só, vou juntar uns caras e socar ela, tá fudida na minha mão, só porque é minha mãe acha que pode me impedir de ver superpop? Ela vai ver só, vai ver”. Sem rumo certo, Bastos voou até o centro da cidade, na esperança de arrumar um pouco de cola para cheirar, mas no meio de seu voo, ao sair de uma nuvem, avistou uma figura conhecida mijando em um poste, desceu e foi ter com o conhecido “e aí amigo Perneta, seu arrombado, tá mijando ae?” amigo Perneta “tô mijando não, tô enfiando a mina rola na goela da sua mãe pra ver se ela vomita engasga no próprio vomito e morre”, Bastos prontamente responde “só, seria uma bela morte, heim, parabéns” amigo Perneta “só” Bastos “só” amigo Perneta “pode crê, arrebentei nessa” Bastos “só, arrebentou” amigo Perneta “arrebentei” Bastos “só” amigo Perneta “só” Bastos “ô amigo Perneta, seu confortador de pica do carái, tem uma cola aí? Quero ficar doidão!” amigo Perneta “nem tenho ó, mas tenho uma parada aqui que vai te deixar louco” Bastos “é? Manda aí, quero ver essa parada” amigo Perneta “perae, perae”. Nesse momento, amigo Perneta vai para um canto e começa a mexer nas calças, fazer uns movimentos, ajeitar aqui e ali e de repente para, arruma aqui, lá e volta com um saquinho plástico “aí tigre, dá uma cheirada nisso aqui”, Bastos pega o saquinho, tira um espelho de um dos bolsos, uma gilete do outro bolso, uma nota de 100 dólares, ajeita duas carreiras e, educadamente, oferece a primeira cheirada para o amigo Perneta “dá um tiro ae, fera” amigo Perneta “vai lá campeão, tô de boa”. Bastos cheira a primeira carreira, dá um sorriso e cheira a segunda carreira, limpa o excesso com a mão, olha para o lado, coça a bunda, olha para o amigo perneta, balança a cabeça, olha para o outro lado, olha para o céu e fala “porra, não deu nada, que porra era essa, amigo Perneta?” amigo Perneta abre um sorriso malicioso “isso era a ronha que eu raspei do meu saco, panaca” virou as costas ativou a função super velocidade apertando X, O, X, X, dois pra cima e start, sumindo nas ruas. Bastos, com ódio em seu coração, sacou sua PT e atirou, atirou, atirou em vão e jurou vingança “amigo Perneta, seu cocozão, vou encher o teu cú de rola, arrombado do carái, vou juntar uns caras e te socar, tá fudido na minha mão”. Como o amigo Perneta ativou a função super velocidade, Bastos nem tentou ir atrás, resmungou e continuou seu voo rumo ao centro. Ao chegar algo inesperado aconteceu, uma ligação perdida no celular “Ó não! Alguém me ligou e não atendi! Essa não! Ó não”, novamente o celular toca, Bastos começou a suar frio, suas mãos tremiam, suas pernas ficaram bambas e, finalmente, com um esforço sobre-humano, atendeu o celuar “Fala ae, carái”, do outro lado da linha uma risadinha cretina “hi, hi, hi, ha, hi, hi, hi, ha”, Bastos mudou a feição “essa não, você!”

De quem será essa risadinha cretina? Para onde foi o amigo Perneta? Será que Bastos vai conseguir se vingar? Será que vai socar a sua mãe? Será que vai conseguir cheirar cola e ficar doidão? E o balãozinho? Não percam, na próxima semana, o segundo capítulo desta novela cheia de ação e aventura que vai te levar a loucura! Não vou sem meu balãozinho (uma novela do Compositor de Boleros)
Se não quiser aguardar o próximo capítulo não dou a mínima!

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