sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Intervenções

Você sabe o que uma intervenção, Brasil? Sabe, heim? Hum? Responde ae? Ok, eu respondo, olha só, intervenção é quando alguém intervêm (vocês curtiram isso, leitores/traidores imaginários, curtiram aí no facebook). Sim, sim! Intervêm! A arte de intervir está ao alcance de todos nos tempos democraticamente internéticos de hoje, mas... mas... isso não é exclusividade da grande rede, não, não, Brasil, a população (vocês, leitores/traidores imaginários), os que vivem o real, que tomam novalgina até quando têm conjuntivite (novalgina cura tudo) também usam da intervenção na rotina involuntariamente imposta pelas decisões tomadas na juventude. Um exemplo simples: Você está na padaria tomando um cynar (porque todo cidadão de bem tem que tomar um cynar, se não for adepto do cynar você não é cidadão de bem e torrará no inferno), apreciando o elixir que dá sentido a existência você vê a seguinte cena, acidentalmente, o Bill derruba um risoles no chão, ele disfarça, olha de um lado a outro, rapidamente, pega o risoles e o coloca no blends como se nada tivesse acontecido. Vale nota: Blends, palavra que substitui qualquer coisa de difícil definição rápida, logo, se não lembra o nome de um objeto, coisa ou alguém, é um blends. Retomada estratégica, você acabou de ver Bill derrubar um risoles no chão, abaixar, o pegar e colocar no blends para vender, um ser desavisado aproxima-se e pede um risoles “Ô Bill, suavão ae? Desce esse risolão ae, man, na humildade”, como manda a boa conduta, sempre em ressalta neste cultuado, amado, exemplar, calibrado e bonitinho curso, você se levanta, vai até o ser desavisado e o avisa “Ê Tigre, pega esse risolão aí não, tiu! Caiu no chão a parada e o Bill jogou no blends na caruda ó, total mancada, man”, ser desavisado responde “ Fera, valeu o toque, man, ia comer uma pá de bactéria ó, pegar um câncer e os carái”. Isso é uma intervenção, leitores/traidores imaginários. E se era o destino do ser desavisado comer o risoles e morrer de câncer? Como ele mesmo proferiu? Você salvou uma vida e atrapalhou o destino, alterou os planos do universo, essas coisas acontecem o tempo todo em todos os lugares deste mundo e de outros, caso duvide ligue para alguém de Saturno, acontece lá também. Ops! Acabei por me alongar nessa sadia tentativa de expandir seus horizontes, Brasil. Vamos destacar o relato a seguir, que aconteceu em uma madrugada sóbria, sóbria! Dá para acreditar? Estava lá o compositorzinho do coração de todos sentado no último banco de um ônibus vazio, com o olhar vago na janela assistindo a mudança rápida de paisagens da noite paulistana, obviamente variando com a velocidade do coletivo, em mãos apenas um baixo (toco rock nas horas vagas), sim, um baixo, instrumento de trabalho que não dá dinheiro. Uma parada rápida e pimba, sobem algumas pessoas, dei de ombros, continuei a calcular diâmetros do universo (porque já tenho até a cura para o câncer citado anteriormente, pena que ninguém ouve, tsc), ao meu lado, materializa-se uma entidade, com camisa baby look preta em gola V, calça jeans cinza, mizuno no pé, gel no cabelo e um sorriso semelhante a decapitação de um macho pela fêmea louva-a-deus e o ato sonoro “e aí”, achei estranho o ruído vindo do banco ao lado e, categoricamente, ignorei. Claro, com toda a classe que só o Compositor de Boleros têm. A entidade era insistente, Brasil, e novamente “e aí”. Com essa segunda tentativa de comunicação me vi obrigado a reagir, com esforço sobre humano para demonstrar o quão desinteressado estava na entidade (devido ao cansaço do longo dia e ensaio ao final, toco rock nas horas vagas, não me odeie, Brasil), olhei para o lado balancei a cabeça para cima, para baixo e para cima novamente, um breve cumprimento aos entendedores, e voltei ao mantra pelo qual estava entretido, a janela. Sem hesitar, demonstrando interesse pelo meu instrumento o ser continuou “ toca, é?”, aflito com a pergunta, estudei o exemplar de ser humano por uns segundos antes de dizer “Sim, me masturbo diariamente”, o ser humano soltou uma sonora risada “Rar, Rar, Rar, tu é engraçado, Rar, Rar, Rar, tavu falanu du instrumento!”, eu “Ah, sim! Também toco esse”, ele voltou a rir “Rar, Rar, Rar, tu é engraçado, Rar, Rar, Rar. Tu toca na noite? Que estilo tu toca?”, cativado com a contagiante e tremulante risada do ser ao meu lado, resolvi proceder com a conversa travada de forma não espontânea assim “Toco rock”, ele me analisou bem, olhou para a frente e disse “Então tu conhece o Eufredo Garcia, ele toca um rock no meio do show, tipo um Elvis assim, sabe, tipo um rólis, aqueles lá assim, sabe? Conhece Eufredo?”, percebi que estava entrando em um universo totalmente novo, me virei um pouco e respondi “Eufredo Garcia? Não conheço...”, ele “Ah... Não conhece o Eufredo... E o Caruso Silvano? Esse sim tu tem que conhecer, conhece, ?”, mais uma vez “Não conheço...”, ele “Putz... e o Eliano Camargo, aaaaahhhhhh esse tenho certeza que tu conhece, tavu ouvinu nesse instante” e eu “Não, man... não conheço...”, ele já decepcionado “Não conhece Eliano Camargo... Ferreirinha Conceição, e esse, e esse, e esse, dóse o Ferreirinha, dóóóóóseeee”, eu “Desculpa, cara, não conheço o Ferreirinha...” Ele “Ah... Nadira Donato, essa é famosa, apareceu na TV!” eu “Também não...”, ele me olhou com desdém virou-se inteiro para a frente, junto as duas mãos no colo e ficou quieto. Finalmente pude voltar para a minha meditação, cálculos, ensaios mentais até que “Rondonato Angelino, esse sim?” eu “Nossa, também não...” ele “Nem Rondonato...” e “Antoniano Pedroso?” eu “Não, cara...” ele já bem nervoso “Então desculpe a intervenção”, levantou, ajeitou as calças, deu sinal e desceu do ônibus sem se despedir, sem olhar para trás... Atonito com o acontecimento, fiquei a me questionar durante o restante da viagem, em que mundo vivo para não conhecer Rondonato Angelino?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minha experiência mais próxima da prostituição

Inesperado, inexplicável! Essas expressões são ainda insuficientes para reproduzir o que me aconteceu no dia 04/11/2010 por volta das 02h45min da madrugada, Brasil. O fato ocorrido me deixou indefeso, estupefato, fazendo com que questione a fina linha tênue entre as possibilidades que nos rondam nessa vida, no meu caso, pacata e rotineira. Relatarei a vocês, leitores/traidores imaginários, este evento incomum da forma mais concisa possível.
Após um dia inteiro de trabalho árduo (sei que você necessita de pessoas que trabalham Brasil, eu o compreendo e colabora, pois como Ronnie Von, sigo no ápice da minha humildade entre a plebe, mas não muito próximo, para demonstrar o quão bom, dócil e esforçado é o humano Compositor de Boleros), resolvi caminhar em direção ao ponto de ônibus mais próximo, prevendo apenas um rápido retorno ao reconfortante e amabilíssimo aconchego do bar. Já que houve trabalho, um cynar é indispensável para revigorar os ânimos de um cidadão comum, que pega ônibus e urina em postes noite à dentro como qualquer pessoa desta terra, acredito que o Brasil concorda com esta necessidade, leitores/traidores imaginários. Ao chegar, algumas pessoas já aguardavam para também usufruir do transporte coletivo, um deles tentou se comunicar “Ê, brô, onde é tua goma? Tô a mó cara no bangüê e nada de buzo, osso ó” (Vale uma nota aqui, sei da dificuldade em entender o dialeto popular nas periferias, vou traduzir, o rapaz disse apenas que aguardava pelo ônibus a bastante tempo e estava impaciente, mas antes, como manda os bons costumes, chamou minha atenção e perguntou de onde sou), atendi prontamente a cortesia e tentativa de comunicação de forma simples e direta, atendendo os mesmos padrões recebidos “hum”. Implacável em sua sutileza, o tempo continuou seu percurso por entre os presentes (mesmo sóbrio, a fluência poética domina o mal que habita meu corpo, Heim, Brasil? Uau!), com a demora, a calma facilmente abandona o estado de espírito momentaneamente eminente (deveria guardar esse trecho para meu próximo livro... tarde de mais) e, obviamente, reagi em explosão de sentimentos sussurrando “Droga”. A demora me motivou a enfrentar meus demônios, logo, resolvi andar até o próximo ponto. Atitude, Brasil, atitude! No caminho, descobri a causa do atraso, um pequeno acidente envolvendo dois carros, ocasionou o desvio da rota de ônibus, limitada devido ao horário, a um caminho alternativo. Ser evoluído que sou, leitores/traidores imaginários, utilizei de técnicas orientais milenares para controlar a minha raiva, moldando-a em criatividade poética “que bosta!”, técnica que exige muito do autocontrole, que exige disciplina, que exige meditação, que exige cynar, lembrem-se disso, lição para vida. O Compositor de Boleros não desanimou e continuou a desbravar as ruas em estado ermo pela madrugada, vencido o obstáculo, um verdadeiro feito, a vitória fincada na calçada me aguardava estática, comemorei o feito “cacete, ó essa caralha de ponto aí, porra”, prontamente pus-me a aguardar (apenas pessoas com pelo menos dois leveis acima da humanidade conhecem e sabem usufruir dignamente da paciência). Alguns minutos se passaram e avistei ao longe uma figura exótica, vestindo shorts de lycra camuflado em amarelo e laranja e top branco, caminhando apressada, olhando para todos os lados e acenando para todos os carros, ela rodopiou e repetiu o movimento pelo menos 19 vezes até chegar onde a luz do Compositor de Boleros brilhava. Ela parou e me estudou por alguns segundos até finalmente dizer “Tu tá esperando a carona para Pinheiros?”, eu “Carona?”, ela “É! Carona, carona!”, hesitei um pouco antes de responder “Tô esperando o ônibus, sabe? Aqueles grandes que levam bastante gente a distintos lugares?”, ela prontamente respondeu “Essa hora não passa mais ônibus, não! Não passa mais ônibus, não! Agora só depois das 5 da manhã! 5 da manhã!”, respirei fundo e usei palavras de sabedoria utilizadas originalmente por monges tibetanos que ecoaram através dos anos até chegarem a este momento “Que merda”. Ela deu de ombros e continuou a acenar para todos os carros e rodopiar até dizer “Tu tem dois reais aí?”, eu “Não tenho grana, desculpe”, ela voltou a me estudar com seu olhar atentamente acelerado e me atingiu com a pergunta “Você faz programa?”, atônito, não soube como responder na hora, sorri, arrumei minhas bolas na calça (muito útil quando não se tem o que dizer, Brasil, inspiração instantânea garantida) antes de dizer inocentemente “Programa? Como assim?” ela “É! Programa, programa!”, eu “Não, anjo, não faço programa”, ela “Ah!”, deliberadamente voltou a seu ritual de acenar e rodopiar até que um taxi parou, ela foi até a porta conversou por um instante com o motorista, fez gestos com a mão entrando e saindo de sua boca, como se segurasse um sorvete de palito e chupasse ininterruptamente, colocando e tirando de sua boca, até finalmente entrar no carro, o qual lentamente rumou ao horizonte até desaparecer...
Pois é, Brasil, o Compositor de Boleros, fino, evoluído, verdadeiro gentleman da classe operária foi confundido com um prostituto, cara da vida, gogo-boy, michê e etc. Não fiquei desapontado, leitores/traidores imaginários, não, não! Muito pelo contrário, me encheu de dúvidas a cena que acabara de acontecer, sondando pensamentos inexplorados até então finalmente me veio à questão que, por medo do novo talvez, não fiz ao folclórico personagem da madrugada que me abordou “Quanto será que eu deveria cobrar?”.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

É o Tchan em Auschwitz



“Pau que nasce torto nunca se endireita, menina que requebra mãe pega na cabeça, VAI!”
Quem não se lembra desse clássico da verdadeira música popular brasileira? Sim, sim! Popular brasileira! Ou melhor “passa negão, passa loirinha, quero ver você passar por debaixo da cordinha, VAI” e também “ula ula de lá tchaaaaan, quebra, quebra daqui, tchaaaaan, o bahiaiaiaaa é o tchan no havai, VAI”, dentre outros grandes sucessos da banda que marcou (e manchou, sabe como é, ?) toda uma geração (perdida de largas) e, ainda hoje, reverbera em festas de casamento (desses mesmos largas) nos salões alugados situados em cima de açougues nas periferias “rala ralando o tchan ae, rala ralando o tchan, VAI”, obviamente isso só indica a longevidade e, porque não, imortalidade deste grupo que, além da contribuir com hits que até hoje estão na boca do povo, Brasil (quer queira ou não) revelou ao mundo o brilhante e inigualável intelecto da grandiosa Carla Perez, além, é claro, da violenta simpatia de Cumpadi Washington, o swingle bufante de Beto Jamaica, o Jacaré à turma do didi e uma infinidade de bailarinas, por ordem do cramulhão nomeadas Sheila (outras também passaram, eu sei, mas não lembro o nome e fiquei com preguiça de pesquisar, mal ae!) que posaram para a playboy, também por ordem do quebra-molas, ganhando um dinheiro considerável apenas para “pegar no bumbum, pegar no compasso, pegar no bumbum, pegar no compasso, VAI”. Chacoalhando a protuberância glútea nos programas dominicais adorados pelo povo (em atual decadência com Celso Portiolli), a fama os alcançou e, tragicamente/injustamente, os abandonou, após uma longa jornada de alegria nas festas no fim da rua do seu bairro.
O Compositor de Boleros e sua infinita benevolência (que palavra linda, uau!), um cara simples que, como bem sabe, Brasil, abomina injustiça, aqueceu o coração com as mãos e dispôs-se a ajudar esse grupo que por tantos anos contribuiu com a alegria da mulecada que adorava ver as menininhas do 3°B reproduzir as coreografias na hora do recreio. Por semanas a fio, o Compositorzinho tramou, arquitetou, bolou, ascendeu, fumou, bebeu e finalizou o que possibilitaria a volta deste petardo aos palcos. Com um breve passeio pela história, resgato uma apresentação memorável da banda, esquecida em VHS na estante, que teve como intenção apenas levar a esperança com carisma e coreografias ousadas à Auschwitz:



Olha um nazista lá tchaaaaaaaan
Foge um judeu aqui tchaaaaaaan
O Bahiaiaiaaaa é o tchan em Auchwitz (Vai mãinha)

Pega um quipá, põe na bundinha
Quero ver você matar uma busanfa judeuzinha, VAI!
Pega um quipá, põe na bundinha
Quero ver você matar, uma busanfa judeuzinha.
Quero ver você matar, uma busanfa judeuzinha, VAI!

Me vêm lágrimas aos olhos ver letra com tamanho cunho social, o nobel da paz é pouco para homenagear essa que pode ser a mensagem de esperança mais importante desde 'fucked with a knife'. Apoio e incentivo a criação do É o Tchan Day, onde todo cidadão poderá usar seus shorts mais apertados e reproduzir todas as coreografias na avenida paulista. Você não pode ficar fora dessa.
Com essa bela homenagem em mais um disparo certeiro na direção do sucesso, Brasil, deixo em boas mãos esse magnífico expoente da música popular Brasileira, as mãos calejadas e cansados do povo e dos leitores/traidores imaginários. É o tchan em Auschwitz não é só uma homenagem, é ação e aventura!



Em breve, CD com os maiores sucesso proporcionado pelo Compositor de Boleros, aguardem! Caso não queriam aguardar não dou a mínima.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Retomada (uma breve introdução do que está por vir)

Com orgasmos múltiplos e espontânea ereção, anuncio a retomada do curso dado pelo santo graal da bondade hostil tão amada por todos que ainda não o conhecem, Compositor de Boleros! Sim, sim, Brasil, cá estou, sóbrio (isso será remediado), um pouco mais magro (isso também será remediado), mas não menos entusiasmado para a segunda fase dos ensinamentos que levarão os leitores/traidores imaginários a lugares inimagináveis por simples seres humanos, não humanos, extra terrenos, indefinidos e outros. Com a ajuda do mestre Ronnie Von (exemplo a ser seguido), cynar, risoles (os meus são de queijo), Bill (eterno), e uma infinidade de personagens a serem apresentados nesta nova fase (você não perde por esperar, Brasil, aguarde e de preferência bebendo uma seleta, meu Deus, como há coisas para mostrar/apresentar/desvendar/dar/roubar/enfatizar/emprestar/consignar, nossa, muita coisa, cacete, vai ser extraordinário, um level acima da humanidade, soberbo, supremo, RÁ!). Além, é claro, dos já clássicos tópicos que compõem este ambiente saudável e amável que luta pelo bem da humanidade e, obviamente, pela paz mundial.
Ao setor competente, deixo algumas metas a serem alcançadas pelo Compositorzinho...

Metas de vida do Compositor de Boleros

-Lista Primária:

1 – Fazer figuração no programa A Praça é Nossa

2 – Trabalhar como animador de auditório em programa dominical

3 – Tirar uma foto com o Wando (cada um segurando uma calcinha)

4 – Gravar uma música com o mestre Ronnie Von

5 – Fazer sexo em um helicóptero, gravar e lançar em VHS

6 – Juntar Chitãozinho & Xororó, Latino, Xuxa, Mara Maravilha, Leo Jaime, Rafael Ilha, Rouge, B'roz, Fat Family, Luka (tô nem aí), Guilherme Arantes, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, José Augusto, Gilliard, Pepê e Nenem, Baby Consuelo e filhas de nome impronunciável, Vanusa, Patrícia Marx, Sidney Magal, Luiz Caldas entre outros (só para citar alguns) para gravar uma versão em português do clássico we are the world.

7 – Pornolizar o mundo (apenas para maiores de 18 anos, não me processe, Brasil!)

8 – Urinar em todos os bebedouros no Parque do Ibirapuera, compartilhando minha pureza com seus frequentadores.

9 – Responder as perguntas dos fieis ao vivo no programa fala que eu te escuto

10 – Lavar a roupa

Claro que, conforme for alcançando as metas, acrescentarei novas, para não interromper o fluxo (porque cagar pelado também é o segredo da vida, aconselho!). Não vou revelar as novas metas ainda porque, como bem sabe, Brasil, sou um cara humilde, tímido, que fica no cantinho da casa segurando o mesmo copo de suco desde o início da visita, para não incomodar meus simpáticos anfitriões com novos pedidos, deixo uma prévia da próxima meta a ser acrescentada, a qual envolve sexo libertino entre em Luiz Carlos Datena e Carlos Roberto Massa a.k.a. Ratinho.

Para logo dentro em breve, novidades supimpas que elevarão as chamas da esperança acalorando nossos corações à leveis acima do sol (uau, Compositor, como você está poético, heim?). Sei que os mamilos de todos os leitores/traidores imaginários estão eriçados no momento, mas terão de esperar. Se não esperarem não dou a mínima, qualquer coisa estarei no fundo do copo ao lado do meu amigo, Brasil.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Nota: Desprendimento

Brasil, creio que notou minha ausência nas últimas semanas e sei que sentiu falta do Compositorzinho, mas você tem que compreender, estava ocupado me embebedando (Deus abençoe o Cynar), comendo risoles, me embebedando, usando drogas, me embebedando, assistindo shows caros, me embebedando e tomando inúmeros foras de mulheres variadas (não peguei ninguém). Rumando a maravilhosa degradação que expõe o verdadeiro sentido da vida (houve até uma comparação ao clássico filme farrapo humano, encarei como um elogio obviamente), acabei transcendendo em inovações, dores de cabeça, ressacas, vomitadas curiosas e histórias para contar nos botecos quando for velho (não serão descritas aqui, prometo!), tendo como óbvia consequência, involuntária confesso, o desprendimento da vida virtual. Citando palavras dos primórdios do blues 'Howlin Wolf': Eu sou o dono desse blog, ele não é meu dono. (Uau, quanta profundidade e maturidade alcançada nessas semanas pelo compositorzinho, heim, Brasil, uau, ficou todo molhadinho e com os mamilos eriçados que eu sei. Uh!). Mas... você abandonará o curso, Compositor? Não mostrará mais o caminho e as verdades ocultas dessa vida? Calma, Brasil, não entre em desespero ainda! Sempre que possível, o Compositor de Boleros dará o ar da graça, , pela noite paulistana visando sua comodidade o embaraçando. Porque, como todos devem saber, o importante é a prioridade, o resto é secundário.
Tenho que ressaltar (não podia deixar passar essa) um fato que muito me entristeceu em uma das semanas de ausência, o flagrante dos leitores imaginários comemorando meu silêncio. Sim, sim! Comemorando as escondidas em um salão de festas em cima da fototica Boa Vista na zona sul de São Paulo (realmente acharam que eu não descobriria? Sacaninhas!). Esse fato me deixou bastante frustrado, ocasionando a oportunidade perfeita para reflexão sobre o que realmente importa na minha pacata, rotineira e solitária vida, ou seja, a prioridade exposta na divagação acima, o Cynar. A conclusão disso? Eu vou beber.
Ah! Aos leitor imaginários, ou melhor, traidores imaginários, desejo todas as azeitonas do mundo. Quem acompanha a trágica e triste história do Compositor de Boleros sabe o tamanho desta ofensa. Vejo vocês no fundo do copo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dica de filme - The Penetrator



The Penetrator – o penetrador do futuro

Para você que está sozinho(a) e ficará sozinho(a) o final de semana inteiro, todo ele, todinho, em casa amargando, esse filme animará todos os poros existentes em você. The Penetrator – O penetrador do futuro! Ele veio do futuro e anda pelado de pau duro pela cidade em busca de ação e aventura com quem estiver pela frente!
Com performances calientes em cenas de tirar o fôlego, o Penetrador vai fundo, adentrando abruptamente todos que cruzam o seu caminho. Se você acha DeNiro um bom ator, mudará sua opinião ao ver o The Penetrator em Ação “Com agilidade nos movimentos e estocadas firmes, The Penetrator arrombou meu coração nessa performance virulenta. Despertou uma certa inveja, tenho que admitir.” - Arnold Schwarzenegger ao comparar as interpretações entre o Penetrador e o Exterminador. Deixar de assistir essa versão arrebatadora não é uma atitude inteligente, além de perder um grande filme, deixará de aprender movimentos e posições até então inéditas “Penetrator teve grande influência em minha carreira, claro que o meu é maior, mas os movimentos, o gingado e as firmes estocadas serviram de escola para minhas interpretações” -Kid Bengala. Um filme que merece atenção e com certeza ocupará posição de destaque na estante onde costuma guarda sua coleção de DVD e VHS. Penetrator, se encontrá-lo em uma esquina e não estiver com lubrificante em mãos, sairá assado(a) e arrombado(a). The Penetrator – O penetrador do futuro, um grande filme. Menções honrosas a participação estonteante do lendário Ron Jeremy.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Defenestrador! Suicida ou gênio do marketing?

Especial: Semana dos tópicos mais ou menos, +ou-, =T, etc.

Eis uma questão bem elaborada, assim como pular da golden gate é uma boa idéia (eu sou um sobrevivente, mas 'pulem' está parte, não me processe, Brasil!), atirar tudo que tem em mãos pela janela arremete sentimentos primários dos humanozinhos como: Livrar-se de coisas que, instantaneamente, nos conduz a novos caminhos e, como resultado compramos tudo de novo e novo desta vez, porque se for usado, Brasil, perde automaticamente 40% do valor, com tino comercial e malemolência (adquirida em um boteco perto de você), é possível elevar a perda a 60%, em alguns casos até mais, isso depende do desespero de quem vende, essa parte conta muito também. Recapitulando, você ganhou um baita desconto em uma cafeteira após livrar-se daquele disco do Iron Maiden o atirando do 16º andar.
Reparem no efeito potencial de ambas as partes, defenestradores e defenestrados, leitores imaginários que estão graduando, defenestradores em época de internet, valem mais que cd em tempo de fita k7, ou mp3 player em tempo de gramofone, logo, o que está esperando, Brasil? Jogue tudo o que tem pela janela, jogue agora e torne-se automaticamente um gênio do marketing! Cabe uma nota de observação aqui, caso não tenha uma boa interpretação de texto, ou seja, leigos que tomam nota apenas para mostrar aos coleguinhas no recreio que estão na moda, podem ser o efeito da causa aqui exposta, sendo 'o' consumista obsessivo compulsivo defenestrado, jogando e comprando, comprando e jogando criando um ciclo resultante no fim das economias e, triste está parte, com o dinheiro que sua guarda em baixo do pinguim em cima da geladeira. Outra nota de observação, o suicida foi apenas para dar ibope.
Compositorzinho, seu amigo do bem que sempre diz a verdade, mostrou em breve discurso (o tempo tá curto, Brasil.) o potencial de mercado criado pelos defenestradores, salvando sua carreira atualmente decadente. Converta-se de subalterno insignificante a líder inigualável do marketing com as informações aqui obtidas (não precisa me agradecer, Brasil!). Use com sabedoria a lição de hoje, caso o segredo caia em mãos erradas... eu não dou a mínima.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Para onde vão minhas canetas?

Especial: Semana dos tópicos mais ou menos, -/+, =T, etc...

Como é dever de cada cidadão que, infelizmente, ou não, compõe essa nação, Brasil, todos (imagino eu) conhecem a história de vida do digníssimo Senor Abravanel, a.k.a Silvio Santos. Sua célebre frase “e o que eu faço com as minhas canetas” criou todo um universo paralelo que, pasmem leitores imaginários, condeno de roubar/surrupiar/sinistrar gradualmente todas as canetas existentes no planeta! Depois de abandonar uma promissora carreira de camelô para adentrar às mídias e tornar-se o maior comunicador do meu amigo Brasil, um estranho fenômeno assolou a realidade na qual supostamente existimos, o desaparecimento de canetas. Quem? Repito, quem? Quem nunca passou por tremendo carão ao perceber que perdeu uma caneta misteriosamente/inocentemente/involuntariamente em situações diversas? Que atire o primeiro risoles então... Não fui atingido, ou seja, encontrei a ponte que unifica a humanidade (espero que me enviem um prêmio nobel pelo correio, estou aguardando!). Frequentemente enfrento está situação, chego a questionar minha sanidade (logo o Compositor de Boleros, um ser de luz, simples, grandioso por sua humildade e vida pacata, de tão são é insano?), mas a verdade, como sempre foi mostrada neste blog, será revelada, assim espero. no banheiro, em frente ao espelho, comecei a meditar profundamente em 'om' a pergunta “para onde vão as minhas canetas?”, após semanas na mesma posição um raio entrou pela janela iluminando todo o ambiente no qual apenas eu estava presente revelando, para minha surpresa, a imagem de uma figura extremamente evoluída, realmente um level acima da humanidade. Sim, sim! Acima da humanidade! Nada mais nada menos que Juca Chaves! Descalço (pés horrorosos), com sua violinha estranha, andrajos e, atualmente candidato a deputado federal (acredita, Brasil?). Começou a cantar rimas que guiaram meus pensamentos até a dimensão na qual existem pacificamente entre si todas as canetas que, misteriosamente, desaparecem de nossas vidas. Um lugar realmente fascinante, com um busto, composto inteiramente por tampas mordidas, do nosso tão amado e tarado na fase atual Silvio Santos ao centro, a diversidade impera essa realidade brilhante. Perguntei ao guia espiritual da viagem, Juca Chaves, o porque, a razão, o sentido real daquela realidade magnífica. A resposta, leitores imaginários, não veio das rimas do nosso querido menestrel e candidato a deputado federal (acredita, Brasil?), ao expor as dúvidas que intrigam meu coraçãozinho a reação das canetas foi imediata, em marcha, escreveram grandiosos textos em diferentes idiomas e símbolos (alguns ainda desconhecidos pelo homem), foi árduo o esforço para compreender, após algumas horas encontrei uma língua conhecida e veio a mim (venha a mim, venha a mim) a informação tão preciosa... eu pude ler “Silvio Santos vêm aí”. Era tão simples, a frase esclareceu tudo em minha mente, finalmente compreendi, a realidade da qual pude desfrutar algumas horas em simpático passeio é fruto do desprezo do cidadão maior do meu amigo Brasil, Senor Abravanel, a.k.a. Silvio Santos. Deixando de lado suas vida de camelô e ao pronunciar a célebre pergunta “e minhas canetas?”, prontamente o universo conspirou e, após confabulo, fez-se a realidade paralela para qual toda, sem exceção, todas as canetas vão ao ficarem de saco cheio de seus respectivos donos. Elas aguardam pacientemente o grão mestre e criador da paralela realidade, SiSi (como o patrão é carinhosamente chamado pela extraordinária, bruta, trem que pula e eterna malandrinha Lívia Andrade), criando hinos de louvor em textos até suas tintas de esvaírem em folhas, paredes e no que mais for possível escrever. Apenas Juca Chaves sabe o segredo para acessar a realidade, caso queiram conhecer, entrem em contato com ele, tenho certeza que ele mostrará o caminho.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fluxograma

Para simplificar o processo de aprendizagem visando retorno satisfatório, Brasil, a todos os leitores imaginários que, sendo redundante, imagino que leiam e acompanham todas as aventuras do glorioso mentor do curso, Compositor de Boleros, passei o final de semana estudante, pesquisando, investigando indo fundo no Cynar e no risoles tentando encontrar o método perfeito de repassar conhecimento e experiência. Infelizmente, não consegui... Porque o único ser perfeito que tenho notícias é Ronnie Von, um cara supimpa, Brasil, rabo de foguete, um level acima da humanidade (sucesso também em Saturno segundo fontes confidênciais), como vocês, leitores imaginários, já devem saber. Caso não saibam não são dignos de existência e os condeno a passar todos os domingos da vida assistindo o programa Domingo Legal com Celso Portiolli.
Calma, calma, não dêem cabo de suas vidas ainda, encontrei uma maneira adequada! Sim, sim! Adequada! Para repassar um pouco do que está dentro de mim para vocês sem penetração, através de um fluxograma. Mas Compositorzinho, sou um inútil e não sei o que é um fluxograma. Calma, calma de novo, Brasil, eu explico. Um fluxograma nada mais é do que um diagrama, um método simplificado de repassar uma função/procedimento/processo através de setas e quadros explicativos, como abaixo:



Viu, viu, Brasil? Agora todos os leitores imaginários podem imprimir o fluxograma do Compositor de Boleros para pendurar na parede, colocar na carteira, fazer uma camiseta e consultar sempre que estiver em dúvida. Sua vida vai melhorar infinitamente agora, você será um ser iluminado, invejado no seu bairro e almejado por todas as mulheres e homens. Se não der certo, não dou a mínima.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Não vou sem meu balãozinho (capítulo 11)

Uma novela do Compositor de Boleros.



Anteriormente...

Bastos finalmente chega ao planeta imaginário B611 em seu patinete ultramegamasterblastermodificationdeluxeedition versão 2.0, antes do famosíssimo B612, porque Bastos é underground e não vai dar pala em um planeta mainstream, por isso resolveu criar uma afronta à sociedade parando um planeta antes do B612, o B611. Amigo Perneta continua tentando aprender a tocar violoncelo sozinho em uma cratera na lua, cumprindo a promessa feita a andorinha dourada que encontrou no Campo Limpo e não vai sair de lá até aprender, o ferro de passar roupa, destaque no capítulo 8 da novela, toma uma decisão importante, além de queimar o filme por aí.

Afoito, excitado e com sorriso de orelha a orelha, Bastos dá seus primeiros passos no planeta B611. A ventania bagunça seus cabelos resultando em uma ululante ereção espontânea, um sentimento diferente se apodera do coração do nosso herói “Cacete! Que tesão da porra! Será que tem puteiro nesse planeta de caipira do carái?”. Andando e resmungando, Bastos começou uma exploração minuciosa no planeta, ao dobrar uma esquina encontrou uma loja Jumbo Eletro, decidiu que era hora de inovar sua vida, entrou e trocou seu patinete ultramegamasterblastermodificationdeluxeedition versão 2.0 por uma caneta 4 cores extraordinária! “Ah! Agora sim, posso escrever o que quiser, anotar telefones, desenhar relógio no meu pulso, posso até pedir um autógrafo para o mestre Ronnie Von caso o encontre de novo (caso não lembrem leitores imaginários, o encontro aconteceu no capítulo 4, mas Bastardozinho estava sem caneta e só tinha papel pra cagar), meu Deus, quantas atividades, quantas atividades”, distraído e embasbacado com a nova aquisição, Bastos não prestava atenção por onde andava, acabou por tropeçar em um buraco torcendo o tornozelo, chegando ao chão bateu com a cabeça em uma pedra pontiaguda que furou seu crânio causando sua morte instantaneamente. Uma criança que assistia a tudo comendo uma porção de toucinho, pegou a caneta da mão do Bastardo e ainda debochou “Trouxa”.
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(imaginem uma alma saindo do corpo, atravessando dimensões e lembranças guardadas no subconsciente projetando imagens, algumas nítidas e outras disformes, da vida que nosso herói teve até então. Vou colocar mais pontinhos para você imaginar mais, Brasil).
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De repente Bastos se vira blasfemando injúrias, pensando que ainda estava caindo, mas na verdade ele estava parado em uma lugar estranho, vazio, não tinha nada, nada! Tudo era muito branco, limpo. Subitamente, Bastos enfia a mão no bolso em busca da sua maravilhosa caneta que conseguiu no Jumbo Eletro para pixar tudo, não encontrou, acho estranho, muito estranho, ele nem tinha cheirado cola nem nada, neste exato momento uma imagem surge em sua frente. Bastos “Ih! Carái, olha eu lá na TV, arrebenta bonitão!”. A imagem transmitia os últimos momentos de sua vida, a glória alcançada com caneta de quatro cores até a patética morte tropeçando no buraco, além claro, da menininha que roubou sua caneta e ainda o chamou de trouxa. Bastos “Que vaca filha da puta, roubou minha caneta! Vingança, vingança, foda-se eu ter morrido, não admito roubarem minha caneta! Vou juntar uns caras e socar ela, essa vaca do carái aí”. A imagem desaparece e o lugar volta a ficar vazio, tudo branco, muito limpo. Bastos “Puta lugar chato da porra ó filhão, vou dar um rólis vai que acho um puteiro”. Andando, andando, andando e andando, Bastos encontrou um velho sentando em um banco, cabelo grisalho, paletó marrom, calça jeans, sapatênis e jornal em mãos, o velho lia pacientemente as notícias, nem se deu conta que estava sendo analisado por trás. Bastos “Ó um fita ali, vou trocar um proceder, será que é Deus? Ê Jão, ô tiozão, suave aí, tu é Deus na parada, man?”. O velho calmamente dobra o jornal e o coloca de lado no banco, vira-se e diz...

Antes disso, vamos dar uma olhada no Amigo Perneta:

Dentro de uma cratera na lua sai um som horroroso que arrepia de medo até os pelos do períneo (região entre o saco escrotal e o orifício anal. Nota do compozitorzinho), fazendo com que os habitantes invisíveis da lua se mudem para plutão. Houve reclamação formal no setor responsável, abaixo assinados e passeatas, mesmo assim não foi possível impedir o Amigo Perneta, ele não via os habitantes invisíveis (pois todos eram invisíveis). Bom... nada acontece aqui, o cara tá compenetrado e obstinado a aprender a bagaça, deixa ele treinando aí, quando algo realmente interessante acontecer voltaremos para verificar.

O velho tinha dobrado e colocado de lado o jornal, virou-se e disse “Infelizmente, não sou Deus, mas meu chefe tá quase lá”. Bastos reconheceu o rosto de imediato, caiu de joelhos e começou a chorar desesperadamente, soluçando disse “Caramba, não acredito no que vendo, não acredito, cacete, não acredito! Você... é você mesmo? É você, Carlos Alberto de Nobrega?”

Meu Deus, que capítulo alucinante este, Brasil! Bastos morreu e encontrou o Carlos Alberto de Nobrega no Além, Amigo Perneta espantou todos os habitantes invisíveis da lua e ainda está longe de cumprir a promessa feita a andorinha dourada que encontrou no Campo Limpo, o Ferro de Passar Roupa, que iria tomar uma decisão importante nem apareceu, e o balãozinho? Qual será o desfecho da novela mais ação e aventura da sua internet, Brasil? Não ousem perder o próximo capítulo de 'Não vou sem meu balãozinho'. Uma novela do Compositor de Boleros.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ejaculando você

Breve ensaio do Compositor de Boleros sobre o efeito de uma ejaculada na sociedade.



Puritanos condenam a expressão, a palavra, o sentido, tudo em relação ao simples ato do título proposto para este pequeno ensaio sobre a vida (Compositor de Boleros também é filosofia). levando os prós e contras pelo lado pejorativo, o que na minha opinião, Brasil, é um erro grave já que todos fomos ejaculados!
Tá certo, tudo bem, concordo que, inconscientemente, muitas vidas são literalmente jogadas no ralo do banheiro, limpas em papel higiênico, lenço umedecido (para finos), meias, toalhas e em alguns casos no lençol em que dorme e cuecas (como confessado em noites ébrias por seres raros). Subentende-se que 98% da população mundial masculina (extra-terrestres me perdoem, não tive tempo de ir a outros planetas coletar informações, mal ae!), voltando para aumentar o clima de pressão gerando sentimento de culpa ainda maior: 98% da população mundial masculina é formada exclusivamente por assassinos! Assassinos! Assassinos! A quantidade exorbitante de não nascidos, ignorada diariamente por vocês, leitores imaginários, supera de longe a população de formigas e corintianos (obs: nome dado a seguidores de um 'time' em específico, formado por pessoas que fogem da realidade se amontoando em estádios para gritar injúrias ofendendo outras pessoas, e/ou adversários. Corintianos fazem parte de um clã inferior denominado 'torcida de futebol', esporte praticado por milionários e adorado pela plebe, em breve texto detalhado sobre o assunto, você merece, Brasil). O descaso iminente gera a cada dia milhares de mortes de não nascidos, que poderiam ser pessoas e não tiveram a oportunidade de se desenvolver. Imaginem seus milhões de filhos balançando em seus sacos para lá e para cá, todos ansiosos pela 'corrida', com espírito de competitividade aflorando seus corpos inexistentes para 'pimba' serem jogados fora... todos mortos, sem chances de defesa... triste, não? Por outro lado (há sempre um outro lado, incrível, uau!), há o problema da superpopulação que povoa o seu saco escrotal aumentando gradualmente, causando inchaço e incomodo, sendo necessária a evasão através de ato libidinoso ocasionando o ritual exposto aqui mesmo neste texto, leitores imaginários, do papel higiênico, lenço umedecido e etc, lembra? O acumulo exagerado é preocupante, o excesso de esperma em seu saco pode causar uma explosão de efeito catastrófico para você, Brasil, que não mais existirá e para as pessoas ao seu redor, previna-se! Também pode ser usado como mecanismo de defesa contra aquela espécie imponente que senta na carteira ao lado no colégio, que gosta de se vangloriar de feitos, além de exibir insígnias e adornos que os pais ou parentes o presentearam por ser superior. A solução é simples, apenas o lembre “hei, você também foi ejaculado!” a frase surtirá efeito imediato e a seguinte reflexão “foi tudo em vão”.
Como puderam ver, leitores imaginários, a muito por trás de uma simples ejaculada como assassinato, vida, prevenção, inchaço, explosão, torcida de futebol e filosofia. Na próxima semana, se estiver disposto e meu empreguinho permitir, notas e curiosidades sobre o sexo em lugares que não deveriam ser feitos, mas todos fazem porque é sexo e sexo só é sujo quando é muito bem feito! (frase roubada de um cineasta, pesquisem, se não quiserem pesquisar continuem ignorantes, não dou a mínima). Nos vemos no fundo do copo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Interpretando o sonho de um leitor imaginário

Sonho enviado por carta pelo leitor imaginário Mirosmar José de Camargo de 47 anos.

Recebi uma cartinha, em papel perfumado e com letra de canhoto, pedindo encarecidamente para interpretar um sonho que está tirando o sono do nosso querido leitor imaginário Mirosmar José de Camargo de 47 anos e atualmente trabalha com música. Ele pede ajuda e garante que esse sonho contem mensagens que o ajudarão a descobrir quem realmente é, ou quer ser. Sensibilizado com o apelo, o Compositor de Boleros se esforçou ao máximo para garantir uma boa e adequada tradução do curioso sonho apresentado:

Sonhei que estava rodeado de lápis lazúli que cantavam a clássica frase da entidade Sandy & Junior “o que é imortal não morre no final”, quando um pênis, de capa e gravata, entrou voando pela janela dizendo “eu sou a questão”. Ao estender a mão, na tentativa de alcançar e acariciar o pênis, me vi diante de várias caixas de mandiopan, todas presas em árvores esperando a colheita do mês, passei correndo pelo campo e cheguei a um penhasco, já estava todo mijado quando ouvi a voz do pênis no fundo do penhasco “venha a mim, venha a mim” imediatamente pulei caindo em uma piscina cheia de cocô de cavalo, onde um sorvete de chocolate se banhava, ele me olhou e disse “esse é o cheiro do sucesso, sinta”. Acordei atolado em fezes, mas com uma alegria pura, entendendo que deveria saber o significado real do sonho e que só alguém puro e de grande sensibilidade, como o Compositor de Boleros, poderia me ajudar. Me ajuda, filho!

Está claro que este sonho diz muito da personalidade do nosso leitor imaginário Mirosmar, existe um forte apelo do eu dentro do seu eu, o outro você, reprimido, deseja sair, aflorar de alguma forma, por isso você se cagou inteiro. Abaixo outros detalhes importantes sobre o sonho que merecem nota.

Lápis Lazúli: Pedra raríssima e pouco conhecida entre o senso comum, é realmente intrigante alguém que vive de salário mínimo como você sonhar com isso.

Sandy & junior: Entidade mirim impossibilitada de crescer, por determinação do povo Brasileiro, representa os dois lados da personalidade humana. Sonhar com essa entidade, cantando ou não, coloca em xeque sua opção sexual.

Pênis voador: sonhar com este membro simboliza o desejo reprimido em ter ou possuir um. Vê-lo voando e falando, sua opção sexual vai mudar.

Caixa de mandiopan: Alimento sem gosto muito popular entre os anos 80 e 90. Possível fritura da sua opção sexual atual para algo mais torrado ou queimado.

Penhasco: Lugar alto pra cacete.

Piscina: Sonhar com piscina geralmente traduz um frescor, você precisa se refrescar/afrescalhar mais. Piscina vazia, a eterna procura por algo que o preencha (de preferência grande e grosso). Piscina cheia, fartura e novo relacionamento com alguém do mesmo sexo. Cheia de cocô de cavalo, tu tá na merda.

Sorvete de chocolate: O desejo de chupar algo, colocar algo grande na boca e sentir seu líquido. O chocolate é o toque pessoal do sonhador, a cor representa o tamanho desejado.

Significado real do sonho:

Você precisa diminuir os carboidratos nas refeições e comer mais verduras.

Sr. Camargo, espero que encontre o que está procurando com a interpretação deste sonho, como é de seu conhecimento, e de todos os leitores imaginários deste blog fino e requintado blog, Brasil, o Compositor de Boleros está aqui para ajudar. Se não gostou não dou a mínima.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não vou sem meu balãozinho (Capítulo 5)

Uma novela do Compositor de Boleros



Anteriormente...

Bastos esperava pacientemente o ônibus, ouvindo em seu walkman a nova fita K7 do Molejão, com o presente de aniversário que comprou para sua no Mappin em seus braços, sorriso no rosto e simpatia abundantemente visível aos semelhantes também aguardando a condução (comentários e conversas de transeuntes não serão descritos aqui, não me processe, Brasil), pôs-se a cantar...

'Notas musicas' (não sei colocar aquelas notas musicais maneiras aqui, portando, imaginem notas musicais no tom da canção) “Etâ busanfão, vou logo meter a mão, esse é o novo molejão, mesmo sem o Andrezão é pimpão o nosso som”. Chegando o ônibus qual não foi a surpresa do nosso herói ao deparar-se com o Amigo Perneta no volante “Cacete, Amigo Perneta, agora tu dirige ônibus?”, Amigo Perneta “Não, panaca, descobrindo a cura das aids enfiando minha rola salgada no útero que você não tem”, Bastos “só”, Amigo Perneta “só é”, Bastos “pode crê”, Amigo Perneta “é o que liga”, Bastos “só”, Amigo Perneta “só”, Bastos “só”, Amigo Perneta “só”, Bastos “ô Amigo Perneta, de apertar linguiça do carái, você tem cola aí? Quero ficar doidão”, Amigo Perneta “nem têm ó, tigre, mas vamos dar um jeito nessa melisquencia a”. Amigo perneta enfio a mão esquerda no bolso e tirou dois microchips de tele-transporte (da empresa ComoAdubo), acionou via bluetooth o local desejado no receptor e zarpou do local levando seu amigo Bastos em sua jornada. O ônibus ficou desgovernado, bateu em um prédio antigo de 4 andares provocando seu desabamento e uma explosão do duto de gás subterrâneo, que por acaso estava aberto, destruindo todo o quarteirão. Enfrentando turbulência na viagem, subitamente interrompida por uma situação atípica no tele-transporte, Bastos e Amigo Perneta foram lançados no futuro. No ano de 2021 (sei porque sou eu quem escreve a novela, mas os personagens não sabem), o novo estava diante de seus ignorantes olhos. Amigo Perneta “caralho, mas que porra é essa?”, Bastos “A buceta da sua mãe não é, já tive lá dentro, da sua irmã também”, Amigos Perneta “boa essa, parabéns”, Bastos “só”, Amigo Perneta “só”, Bastos “só é”, Amigo Perneta “pode crê”, Bastos “só” Amigo Perneta “só”, Bastos “ô, Amigo Perneta, vamos atrás de uma cola!”, Amigo Perneta “vamo ”. Lado a lado, saíram cantando, rodando e dando pulinhos nas ruas do futuro. Não houveram muitas mudanças, na verdade quase nada mudou, fotos do Ratinho em outdoors anunciando sua candidatura a presidência da nação, Hebe Camargo estava em um comercial de TV anunciando uma novo remédio para impotência, Paes Mendonça em cada esquina, nenhum carro flutuava, não existiam árvores, flores ou algo que indicasse a existência da natureza, as pessoas muito pálidas e as ruas não eram mais cinzas e sim vermelhas (essa realmente foi de lascar). A procura de algo familiar para sentir-se seguro, Amigo Perneta começou a agir de forma estranha “ô, Bastardinho, você tem belos olhos, sabia? Seu cabelo também é muito arrumado, eu gosto... gosto muito”, Bastos “que merda é essa, Amigo Perneta, vá tomar no meio do seu , recomponha-se, você tá fora de si”, 'Paft, Paft' (Bastos esbofeteia Amigo Perneta). Ao que tudo indica, os tabefes não surtiram o efeito desejado, Amigo Perneta “isso, bonitão, bate e mexe gostoso, quero que você me soque na cama, arrebenta, arrebenta”, Bastos, nada feliz com a situação, sacou sua PT e descarregou no Amigo Perneta, curiosamente, também não surtiu o efeito desejado, Amigo Perneta “isso, atira, atira, sapeca a safada aqui, ejacula na minha face, vai, vai!”. Então Bastos entendeu “cacete! A turbulência nos jogou em uma realidade paralela, apenas uma parte da presença mental se manifesta nesta realidade, a outra parte do Amigo Perneta deve esta perdida em algum lugar do tempo e espaço, por isso não consegui matar o cretino, aqui existe apenas uma projeção mental do que ele gostaria que acontecesse, isso pode gerar milhões de universos dentro do que há de mais íntimo no amigo perneta! Pelo visto, este é o lado mais sensível do bostão, não posso ficar muito tempo aqui, tenho que encontrar um canalizador pelo qual todos os segredos do Amigo Perneta se identificam, ou fazer ele beber o sangue da última menstruação de uma mulher antes da menopausa”. Nesse meio tempo, Amigo Perneta já estava de quatro com um vibrador de 32 centímetros em uma das mãos gritando “quem enfiar mais fundo ganhar um brinde, venham, venham”. Bastos, diante a situação, dá de ombros e sai em busca de uma cola e encontra sua em uma esquina, atônito cambaleia e cai de joelhos em frente a velha que diz “quer um sorvete?”.

Meu Deus! A do Bastardo está viva? Ou é só um delírio? Como Amigo Perneta vai recuperar as partes perdidas de sua consciência? Bastos vai conseguir cheirar cola? E o balãozinho? Não ousem perder o próximo capítulo da nove mais ação e aventura da sua internet, Brasil! Não vou sem meu balãozinho (uma novela do Compositor de Boleros). Se perder azar o seu, não dou a mínima.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Interpretação de sonhos

Sim, sim, Brasil! Você não leu errado, o saudoso (mesmo vivo) Compositor de Boleros descobriu recentemente mais um dom, a interpretação dos sonhos! Através de sonhos temático, ou abstratos, é possível descobrir detalhes imperceptíveis na personalidade das pessoas, até mesmo descobrir se existe alguma personalidade dentro de carcaças ocas que lotam os ônibus.
Como um bom oportunista (mas descente, leitores imaginários, descente!), brindarei o início traduzindo um sonho que tive:

Estava olhando um calendário, o ano era 1986, de repente o calendário transformou-se em uma escada, ao subir estava no deserto! Como sempre carrego minha pá de estimação, comecei a cavar e encontrei um peixe, cordialmente cumprimentei o dócil peixinho e o convidei a um passei pelo parque situado à esquerda. Deliberadamente o peixe saiu voando e mergulhou no infinito azul acima de nós. Triste, comecei a chorar ouro, engarrafei tudo e me retirei pela porta dos fundos.

Obviamente sonhei com outras coisas na mesma noite, mas apenas essa parte do sonho foi marcante a ponto de querer saber o significado real. Fiquei intrigado, indefeso, estupefato, triste... Levantei, já eram 8h, fui a cozinha, peguei uma garrafa de Cynar, me servi de uma dose tripla e coloquei um risoles (sempre deixo um ou dois reservados para manhãs deste tipo) no microondas (só 1 minuto e 43 segundos). Voltei ao quarto com a garrafa em mãos, comecei a observá-la e só então percebi! Foi mágico Brasil, que lindo, fitando a penumbra obscura em orifícios no céu negro engarrafado a fronte desvendei! Sim, sim! Desvendei!

Atenção: leia a parte abaixo ao som de Ronnie Von, ele vai te ajudar a compreender plenamente a interpretação, caso não tenha nada, nem uma foto, ou um santinho do grandioso finesse, não leia! Ande sempre com uma foto do Ronnie Von na carteira, sua vida vai melhorar.

Interpretação:

O ano '1986' e o calendário: Apontam para onde deveria estar no tempo. Sonhos frequentes com datas específicas simbolizam uma anomalia atemporal, você está na época errada, arrume uma máquina do tempo ou entre em coma até a época certa, ou nada fará sentido na sua vida.

Escada: Objeto destinado a subida e descida.

Deserto: Lugar ermo de sol escaldante, ótimo para reflexão, marchinhas de carnaval, flexão e um belo bronze para o verão sem necessidade de protetor solar.

Pá (cavando ou não): Muito útil para levar no bolso ou no chaveiro, simboliza a eterna busca pelo desconhecido, o desbravar, rota à cova de arma em punho, excelente também para induzir o coma.

Peixe: Representa instantâneo poder de respirar em baixo d'água, se sonhar com um peixe, ao acordar, pule em um rio com peso extra amarrado ao corpo, você conseguirá respirar normalmente.

Esquerda: Oposto da direita

Deliberadamente: Palavra muito usada pelo autor Henry Miller.

Chorar ouro: Purificação espiritual vertendo sucesso, conduzindo a alegria necessária para a paz mundial (outro tipo de choro simboliza um vida miserável tendendo ao câncer).

Engarrafar Ouro: Essa é a formula do Cynar, apenas acrescente alcachofra e sirva com limão e gelo

Porta: Por onde deve entrar ou sair, afeto e hostilidade, doença, doença grave e doença terminal, passagem, abertura ou impedimento.

Agora, leitores imaginários, em posse dos elementos necessários para esclarecer o enigma, entenda a mensagem oculta do subconsciente:

Ao acordar, abra a geladeira e beba uma dose tripla de Cynar.

Viu, Brasil? Funciona! Foi o que o Compositorzinho fez ao acordar.
O Compositor de Boleros, um cara caseiro de rotina simples e pacata que sempre diz a verdade mais uma vez demonstrou o quão simples é o desconhecido. Caso tenha interesse em saber o que significa aquele sonho emblemático, cheio de mensagens subliminares que faz você acordar com a famosa dureza matinal, nas mulheres a humidade involuntária, mande sua carta contando o sonho para Av. Prof. Alfonso Bovero, 52, Sumaré, São Paulo - SP - CEP: 01254-000. Estou aguardando sua cartinha! Se não enviar não dou a mínima.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nota: Ausência

Caros leitores imaginários. Creio que perceberam minha ausência aqui no bloguinho esta semana, peço sinceras desculpas pela falha, mal ae, Brasil. É que tenho andado meio distraído, impaciente e indeciso (como na música), mas na verdade não escutei a música, apenas lembrei e a usei como referência, não me entendam mal, peço o obséquio.
Se tudo correr bem e a terra continuar a girar em torno do sol, haverá uma próxima semana, na qual, se tudo correr bem e nada me acontecer, estarei vivo e disposto a retomar os textos ultra extraordinários aqui neste espaço dedicado a boa educação. Adentrarei em assuntos mais sério e relevantes a todos como os enigmas da vida, do universo e das novelas globais. Aguarde!
Se não quiserem aguardar, não dou a mínima!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Minha experência mais próxima do 3° grau

Sábado passado (sim, passado, ainda não era um cara triste), rumava a meu destino certo de todos os fins de semana (imagine, Brasil), cantando Ronnie Von e dançando pela rua, com toda a população me acompanhando em lindo coro uníssono (porque Ronnie Von é amado pelo povo, todos o conhecem e ele ajuda a todos), cheguei a meu destino e mostrei-me mestre do meu domínio ao pedir um delicioso risolão de queijo, uma dose do elixir do deuses (entende-se Cynar com limão espremido e gelo) e uma cerveja para amansar os ânimos e iniciar bem a noite. Esvaziando o copo em minha frente com um único gole, uma sensação nova tomou conta do compositorzinho, batendo uma vontade de inovar e mudar minha pacata e rotineira vidinha resolvi mudar de ares. Agradeci o Bill por me servir prontamente e iniciei uma cruzada rumo ao novo. A noite estava animada, com muitos juvenis figurando nas calçadas a existência um dos outros, como eu os detesto (os odeie também, Brasil, o ódio é um sentimento puro que deve ser valorizado quando bem utilizado), atravessei a rua e andei um pouco mais rápido, para me distanciar do ambiente hostil repleto de inimigos o quanto antes. Já a uma distância segura, comecei a prestar atenção na região, em busca de um lugar simples donde seria possível continuar minha purificação espiritual. Essa tarefa não foi difícil de executar, leitores imaginários, logo encontrei um belo lugar, com uma simpática jukebox, não tinha músicas do Ronnie Von, falha grave, mas relevei ao me deparar com a discografia da gloriosa Núbia Lafayette . Selecionei uma canção, já pedindo uma dose do segredo da vida ao Bill, que, muito solicito, contribuiu com a minha passagem à dimensão do maravilhoso mundo de marlboro. Ao encontrar o estado de espírito desejado neste novo ambiente, agradeci como pude Bill e sai a despejar ofensas ébrias à humanidade sã e sua rotina (experimentem, é revigorante!). Afundado em meia a noite, cambaleando na rua que, curiosamente, se estendia para além do horizonte ou curvas, algo inesperado aconteceu! Não, leitores imaginários, eu não venci (entende-se ficar com alguém), também não urinei deitado no meio da rua, isso passou a ser corriqueiro, o que aconteceu ainda é inexplicável para o limitado intelecto humano, que só acredita quando vê, mas crê no que não vê (nem tente entender, Brasil). Aconteceu algo maior, imenso, gigantesco, realmente colossal! Parei por um instante e reparei que não existia mais som, uma luz intensa me cercava, cegando minha visão para tudo o que existia, apenas a luz era perceptível.
Gradualmente comecei a perder a sensação de meus membros, começando pelas pernas. Foi preciso um esforço sobre-humano para ver além, só então percebi que levitava, a luz me conduzia no ar. Como todo ser primitivo, meu primeiro ato foi tentar me debater, inutilmente, depois houve tentativa de grito, mas a luz fez com que o grito reverberasse no pequeno espaço ocupado pelo meu corpo. Já estava ficando chata a situação, cantarolei uma música do mestre Ronnie Von, para passar o tempo, alguns minutos depois cheguei, finalmente, a um destino, pois senti que meus pés tocaram algo sólido, obviamente fiz minha crítica “Que transporte chato do cacete, não tem como cortar a enrolação e ir direto ao assunto, não? Os próximos vão agradecer, pode ter certeza ó, tigre!”. Não obtive resposta (apáticos), aos poucos a luz foi diminuindo e pude ver o ambiente a qual fui transportado, muito bem arranjado, provavelmente assistem aos programas de decoração do canal Home & Health, tudo era muito bem encaixado, limpo, nas cores cinza e branco. Alguns botões, um guidão de barra-forte e uma cadeira giratória (provavelmente o local do piloto), como não estava amarrado a nada, comecei a circular no ambiente, a procura de alguma bebida, nenhuma porta abria, não havia gavetas, nem geladeira (seres muito evoluídos são extremamente chatos), eu até gosto de minimalismo, mas o excesso disso não tem muita graça. Frustrada minha busca por algo interessante, sentei. Sim, sim! Sentei! Uma porta até então imperceptível abriu e dois seres incógnitos caminharam em minha direção, analisando minuciosamente o meu corpinho, fiz o mesmo, os seres não eram de estatura mediana, não usavam roupas escuras, a primeira vista calça e camiseta, como uma TV fora de sintonia, mas o que chamava mais a atenção era a face, muito arredondada e rechonchuda, bem fofos na verdade, pareciam muffins de bigode. Tá certo, não era suculento como um muffin, mas dava pro gasto. Finalizada a fase de choque do primeiro contato, houve a tentativa de comunicação! Dei o primeiro passo, Brasil “E aí fera? Suave na nevasca aí, man? Vamos entornar um Cynar no boteco ali? Eu banco o risolão!”, não obtive resposta (apáticos). Encucado com a recusa de um risoles, entendi e aceitei que os fitas não eram deste planeta, pois é impossível alguém em sã consciência rejeitar um risoles e um Cynar, Brasil. Os seres se entre olharam e voltaram a me analisar, eu já de saco cheio resolvi tomar uma atitude mais radical “Ê, brow, tá tirando? Libera eu logo ae, cacete! Se vocês não gostam de Cynar só podem ser azeitonas, ? É rabo de foguete mesmo!”. Imediatamente, senti um bofetão na rosto “poft”, mas não houve movimento de nenhum dos seres, novamente senti o tabefe 'paft', outra vez os seres não se movimentaram. Realmente fiquei espantado em saber que estava apanhando por telepatia tele-cinética avançada nível 6! Pensei alto “uau, essa é a surra mais legal e avançada que já levei, uau!”, involuntariamente, levantei a camisa, molhei a ponta do dedo com a língua e comecei a bolinar o mamilo esquerdo, novamente pensei alto “estou sendo controlado pela telepatia tele-cinética avançada nível 6, essa não”, outro tabefe “puft”, no fundo da minha mente ecoava uma voz, não conseguia distinguir o que dizia nem o timbre... mas era uma voz! Outro tabefe “peft” a voz ficava mais alta “compositor... compositor... compositor”, continuava a bolinar meu mamilo esquerdo, outro tabefe “pift” de repente o cenário muda, os seres transformam-se, a luz estabiliza e finalmente percebo o que aconteceu! Estava de bruços na calçada, com a perna esquerda atolada no bueiro, exatamente em baixo de um poste no qual a luz formava um circulo perfeito ao meu redor, manchas de vomito marcavam minha calça, estava usando apenas metade da camisa e dois leitores imaginárias tentavam me reanimar “compositor, compositorzinho, o que aconteceu, man? Levanta ae!”, educadamente os saudei “Cacete! Eu tava na nave, cacete! Tava falando lá com os alienígenas que não bebiam Cynar, cacete! Tava ficando amigo dos fitas já, cacete! 'Cês me tiraram de lá? Porra, os fitas eram meus amigos já, desde 1986, cacete!”, como resposta “Tá doidão heim, man? Vai lá pra sua nave lá, ô locão”, eu “Agora é tarde de mais, cacete!”. Houve um tremendo esforço para sair da vala, limpei a vomito na calça, coloquei a camisa e rumei, bravamente, a outro bar para finalizar a noite e relatar o ocorrido a humanidade.
Pois é, Brasil, fui levado a nave, mas acordei com tapa na cara vomitado na vala.. agora a dúvida assombra minha existência, o que é real? O que é imaginário? O que sou eu sem Cynar? Bem, que não falte Cynar, o resto não dou a mínima!