quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Crônica de uma mijada

Ontem (11/08/2010), por volta das 11:30h, estava peidando no escritório (os chefes não estavam lá), baixando o novo disco do Mark Lanegan em parceria com a Isobel Campbell (petardo) e postando mini textos obsoletos no twitter (é pra isso que o twitter serve, Brasil), quando deliberadamente me levantei e anuncie “vou mijar”, e lá fui eu, assoviando um clássico do mestre Ronnie Von, a música 'escuta meu amor' para ser mais preciso, rumo ao banheiro. Agora vocês perguntam “mas o que há de mais nisso, Compositorzinho? É um ato corriqueiro!”. Sim, sim, leitores imaginários, um ato corriqueiro que foi transformado em poesia estética e prazer no estado simples da palavra. Dentro do banheiro, dei uma ajeitada no ralo cabelo que ainda tenho em frente ao espelho, me posicionei e coloquei o membro para fora, coisa que todo menino faz no pipi house dos meninos, aguardei uma fração de segundos e logo senti o liquido descer pela uretra para ser expelido pelo pequeno orifício peniano. Neste momento foi como mágica, uma sensação totalmente nova se apossou do meu corpo, o separando da minha alma que assistiu a tudo extasiada, alcançando assim um status elevado e pleno de pureza e leveza intocável. O prazer inenarrável preencheu todo o meu corpo, o elevando ao nirvana absoluto. Ao perceber que diante de extasiante mantra meus olhos estavam fechados (reflexo comum diante de extremo prazer), os abri e percebi que realmente estava flutuando no banheiro! Mijando e levitando (literalmente, Brasil). Pouco a pouco, o liquido gracioso (até a coloração era diferenciada) foi diminuindo, minha alma voltou ao corpo e, gradualmente, comecei a descer até meus pés tocarem o chão... Fiquei em silêncio por alguns segundos, como se tivesse acabado de atingir meu primeiro orgasmo, dei três chacoalhadas no danado e o guardei. Virei em direção a pia e ao espelho, para lavar as mãos (higiene, higiene), percebi que uma lágrima escorria do meu olho direito, lavando meu rosto cansado e sinalizando que o âmago da minha alma estava tão maravilhada quanto eu. Foi uma experiência e tanto, leitores imaginários. Horas depois fui ao banheiro de novo, com a esperança de alcançar o mesmos status que atingi anteriormente, mas não aconteceu. Definitivamente aquela mijada marcou a minha vida, foram apenas alguns segundos, mas proporcionaram horas de prazer e rasgos em elogios nas comunidades virtuais que faço parte. Poucas pessoas sabem apreciar as coisas simples da vida, como uma boa mijada, eu mesmo me enquadrava nessa triste estatística, minha opinião agora é outra. Que mijada foi aquela, que mijada...

2 comentários:

Bellyss disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bellyss disse...

Caro descompositor:

Obrigada por compartilhar a experiência de como um xixizinho pode ser transcedental, mas por favor, pare de peidar nas áreas comuns do escritório, ok?