Uma novela do Compositor de
Boleros.
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Anteriormente...
Bastos finalmente chega ao planeta imaginário B611 em seu
patinete ultramegamasterblastermodificationdeluxeedition versão 2.0, antes do
famosíssimo B612, porque Bastos é
underground e não vai dar pala em um planeta
mainstream, por isso resolveu criar uma afronta à sociedade parando um planeta antes do B612, o B611. Amigo Perneta continua tentando aprender a tocar violoncelo sozinho em uma cratera na lua, cumprindo a promessa feita a andorinha dourada que encontrou no Campo Limpo e não vai sair de lá até aprender, o ferro de passar roupa, destaque no capítulo 8 da novela, toma uma decisão importante, além de queimar o filme por aí.
Afoito, excitado e com sorriso de orelha a orelha, Bastos dá seus primeiros passos no planeta B611. A ventania
bagunça seus cabelos resultando em uma ululante
ereção espontânea, um sentimento diferente se apodera do coração do nosso herói “Cacete! Que tesão da porra! Será que tem
puteiro nesse planeta de caipira do
carái?”. Andando e resmungando, Bastos começou uma exploração minuciosa no planeta, ao dobrar uma esquina encontrou uma loja J
umbo E
letro, decidiu que era hora de inovar sua vida, entrou e trocou seu
patinete ultramegamasterblastermodificationdeluxeedition versão 2.0 por uma caneta 4 cores
extraordinária! “Ah! Agora sim, posso escrever o que quiser, anotar telefones, desenhar relógio no meu pulso, posso até pedir um autógrafo para o mestre
Ronnie Von caso o encontre de novo (caso não lembrem leitores imaginários, o encontro aconteceu no capítulo 4, mas
Bastardozinho estava sem caneta e só tinha papel pra cagar), meu Deus, quantas
atividades, quantas
atividades”, distraído e embasbacado com a nova aquisição, Bastos não prestava atenção por onde andava, acabou por tropeçar em um buraco torcendo o tornozelo, chegando ao chão bateu com a cabeça em uma pedra
pontiaguda que furou seu crânio causando sua morte
instantaneamente. Uma criança que assistia a tudo comendo uma porção de toucinho, pegou a caneta da mão do Bastardo e ainda debochou “Trouxa”.
...
...
...
(imaginem uma alma saindo do corpo, atravessando dimensões e lembranças guardadas no
subconsciente projetando imagens, algumas nítidas e outras disformes, da vida que nosso herói teve até então. Vou colocar mais pontinhos para você imaginar mais, Brasil).
...
...
...
De repente Bastos se vira blasfemando injúrias, pensando que ainda estava caindo, mas na verdade ele estava parado em uma lugar estranho, vazio, não tinha nada, nada! Tudo era muito branco, limpo. Subitamente, Bastos enfia a mão no bolso em busca da sua maravilhosa caneta que conseguiu no
Jumbo Eletro para
pixar tudo, não encontrou, acho estranho, muito estranho, ele nem tinha cheirado cola nem nada, neste
exato momento uma imagem surge em sua frente. Bastos “
Ih!
Carái, olha eu lá na TV, arrebenta
bonitão!”. A imagem transmitia os últimos momentos de sua vida, a glória alcançada com caneta de quatro cores até a patética morte tropeçando no buraco, além claro, da
menininha que roubou sua caneta e ainda o chamou de trouxa. Bastos “Que vaca filha da
puta, roubou minha caneta! Vingança, vingança,
foda-se eu ter morrido, não admito roubarem minha caneta! Vou juntar uns caras e socar ela, essa vaca do
carái aí”. A imagem desaparece e o lugar volta a ficar vazio, tudo branco, muito limpo. Bastos “
Puta lugar chato da porra ó
filhão, vou dar um
rólis vai que acho um
puteiro”. Andando, andando, andando e andando, Bastos encontrou um velho sentando em um banco, cabelo grisalho, paletó
marrom, calça
jeans,
sapatênis e jornal em mãos, o velho lia pacientemente as notícias, nem se deu conta que estava sendo analisado por trás. Bastos “Ó um fita ali, vou trocar um proceder, será que é Deus? Ê
Jão, ô
tiozão, suave aí, tu é Deus na parada,
man?”. O velho calmamente dobra o jornal e o coloca de lado no banco, vira-se e diz...
Antes disso, vamos dar uma olhada no Amigo Perneta:
Dentro de uma cratera na lua sai um som horroroso que arrepia de medo até os pelos do
períneo (região entre o saco escrotal e o orifício anal. Nota do
compozitorzinho), fazendo com que os habitantes invisíveis da lua se mudem para plutão. Houve reclamação formal no
setor responsável, abaixo assinados e passeatas, mesmo assim não foi possível impedir o Amigo Perneta, ele não via os habitantes invisíveis (pois todos eram invisíveis). Bom... nada acontece aqui, o cara tá compenetrado e obstinado a aprender a
bagaça, deixa ele treinando aí, quando algo realmente interessante acontecer voltaremos para verificar.
O velho tinha dobrado e colocado de lado o jornal, virou-se e disse “Infelizmente, não sou Deus, mas meu chefe tá quase lá”. Bastos reconheceu o rosto de imediato, caiu de joelhos e começou a chorar desesperadamente, soluçando disse “Caramba, não acredito no que
tô vendo, não acredito, cacete, não acredito! Você... é você mesmo? É você, Carlos Alberto de
Nobrega?”
Meu Deus, que capítulo alucinante este, Brasil! Bastos morreu e encontrou o Carlos Alberto de
Nobrega no Além, Amigo Perneta espantou todos os habitantes invisíveis da lua e ainda está longe de cumprir a promessa feita a andorinha dourada que encontrou no Campo Limpo, o Ferro de Passar Roupa, que iria tomar uma decisão importante nem apareceu, e o
balãozinho? Qual será o
desfecho da novela mais
ação e aventura da sua
internet, Brasil? Não ousem perder o próximo capítulo de 'Não vou sem meu
balãozinho'. Uma novela do Compositor de
Boleros.